
Embarcações Do Maranhão
O livro busca recuperar as técnicas construtivas tradicionais populares dos velhos carpinteiros navais do Maranhão. Mostra não apenas a beleza das embarcações mas a vida dos operários, com toda a sua história de vida e dificuldades de sobrevivência. Mais ainda, descobre a importância econômica da atividade, em função de suas evidentes implicações com a pesca artesanal e outros afazeres próprios de um grande contingente de habitantes das regiões mais isoladas do Estado que dependem das embarcações como única forma de acesso à capital - São Luís. Mostra toda a cultura peculiar de uma população cujo cotidiano é regido por um tempo diferente, o relógio das marés. O projeto que deu origem ao livro foi premiado em 1996, como o melhor trabalho na categoria de Inventário de Acervos e Pesquisas. 2006.
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Neste livro, Alexandre Guida Navarro apresenta uma visão ativa e viva da arqueologia. Ele vislumbra a arqueologia como a vanguarda de uma ação social integrada e não como uma disciplina ultrapassada criada em sociedades coloniais e pós-coloniais, que analisam o passado de culturas desaparecidas. Sua arqueologia é comparativa no sentido mais amplo: olhar para as culturas indígenas e modernas da Amazônia em relação às culturas em diferentes partes do mundo. Alexandre não considera que as culturas da Amazônia maranhense eram inferiores devido ao seu habitat tropical, mas sim enfatiza as contribuições e os desafios da cultura no desenvolvimento tanto dos recursos de seus habitats quanto da organização de seus povos.
A obra de Alexandre mostra os restos de uma civilização única surgida há mais de mil anos e preserva-da nas zonas úmidas dos estuários do Maranhão. Essa era uma cultura de pessoas que habitavam lagos e rios e construíam seus assentamentos em amplas plataformas erguidas sobre esteios de madeira maciça. Os esteios permanecem lá como sentinelas múltiplas nos assentamentos abandonados, ainda sobre os sedimentos e águas das planícies de inundação. Assim, o projeto das palafitas do Maranhão tem o potencial de elucidar a antiga sequência cultural de um habitat aquático ainda pouco estudado.

